Dodô treinou durante a semana nas Laranjeiras, com isso Renato Gaúcho começa a pensar o quê fazer com o time com a volta do "artilheiro dos gols bonitos". Quem sai pra Dodô voltar? Como manter o equilíbrio defensivo adquirido com o meio campo povoado como o time vinha mostrando? Como fazer para manter Conca e Thiago Neves em sintonia no meio?
Renato pode fazer o simples. Tirar Cícero (o 12º jogador) e colocar Dodô na frente, devolvendo T.Neves para o meio. Assim a equipe ficaria da seguinte forma:
Mas, nosso querido Senhor Barriga poderia não ser tão cabeça dura e manter Cícero no time (ótimo no jogo áereo) colocando o mesmo no lugar do Ygor. Difícil essa escalação vingar, posto que o time poderia perder "pegada", já que Arouca avança como um louco em muitos momentos da partida. Dessa forma o time jogaria também num 4-4-2, porém com muito mais qualidade no meio.
Há, ainda uma terceira opção. E diga-se de passagem é a preferida da blogueira. Sempre considerando o esquema 4-4-2 que é o quê o Sr. Barriga adotou oficialmente. Seria a entrada do Maurício (em melhor fase do que Ygor, e com mais bola também) e a permanência de Cícero, com Arouca sendo sacado. O time continuaria equilibrado e com um jogador fortissímo na jogada áerea e nos chutes de longe. O quarteto de ouro na frente poderia, assim, trabalhar em paz.
Avante flusão!
O Fluminense com Dodô: quem sai?
Clássico com o freguês: vitória fácil do Flusão.
Ontem, dia 23/03/2008, tivemos um dos poucos clássicos neste campeonato carioca em que os times jogaram completos. De um lado o Vasco, que vinha crescendo na competição com a utilização de um quarteto talentoso: Edmundo, Alan Kardec, Moares e Alex Teixeira. De outro o Fluminensem que vinha embalado por uma ótima vitória fora de casa contra o Libertad pela Libertadores.
Pois bem, depois dessa breve contextualização do clássico vamos ao ponto que me chamou mais atençao: o equilíbrio do setor defensivo do Fluminense com a utilização do Thiago Neves como segundo homem do ataque, jogando mais próximo ao Washington. O Flu começou o jogo da mesma forma que começou o segundo tempo da partida contra o Libertad, Thiago Neves jogando mais a frente e Cícero no meio campo atuando na mesma posição do Arouca, só que pelo lado esquerdo.
A equipe atuou no 4-4-2, porém em muitos momentos, dado o tamanho da movimentação de Conca e Thiago Neves a formação era claramente um 4-3-2-1 e por vezes o 4-5-1. Essa variação tática utilizada por Renato (que parece enfim ter entendido que bom técnico é aquele que tira o máximo de cada atleta) impediu o Vasco de jogar. A grande mostra disso foi refletida pelo semblante do principal jogador do Vasco - Edmundo estava visivelmente irritado - e o destempero de Moraes no final do jogo - em uma dura e desnecessária entrada em Maurício no meio de campo.
Fica claro hoje que dos quatro grandes clubes do Rio o tricolor é aquele que pode obter mais variações táticas com o elenco que possui. O fato de contar com dois jogadores talentosissímos no meio campo, e dois volantes com bom passe (Cícero e Arouca) proporciona ao time uma cadência de jogo interessante.
Engraçado é pensar que quando os três tenores estavam aptos para o jogo a pergunta era "quem tirar?", com a saída de L.Amaral e a entrada de Dodô e o posterior show em cima do Arsenal a a pergunta era "Será que Renato encontrou a formação ideal?", com a saída de Dodô por contusão e a entrada de Cícero o Flu começou a apresentar variações muito boas durante a partida e com a iminente volta de L.Amaral a pergunta volta a ser "quem tirar?" e mais ainda "precisa tirar alguém?". Importante ver que entra jogador, sai jogador o Fluminense lidera seus dois grupos (Carioca e Libertadores) e vem transformando jogos difíceis em partidas fáceis com muita movimentação e uma dança de números táticos!!!
No final do jogo a vitória por 2 a 1, com gols da T.Neves e Washington para o Flu e Edmundo de penalti (mal marcado) foi pequeno tamanho a superioridade do tricolor.
Avante flusão!
Como deve jogar o Flu?
